Abstract
Resumo: Esse artigo tem por objetivo apresentar aspectos introdutórios sobre a vida e obra da escritora e tradutora francesa Judith Gautier, relativamente desconhecida no Brasil. Essa reflexão foi incitada pelo espanto que um artigo escrito e publicado pela jovem, com 19 anos, na época, no jornal Le Moniteur, em 29 de março de 1864, produziu sobre o poeta francês Charles Baudelaire. Pautamo-nos em uma carta do autor, endereçada a Judith em 9 de abril de 1864. A reação de surpresa de Baudelaire perante a análise da jovem produziu nele um questionamento sobre seus próprios preconceitos, os quais nos remetem aos papéis sociais e espaços literários atribuídos a mulheres e homens no século XIX.
Highlights
Resumo: Esse artigo tem por objetivo apresentar aspectos introdutórios sobre a vida e obra da escritora e tradutora francesa Judith Gautier, relativamente desconhecida no Brasil
Tão correta, de Eureka, a senhorita fez o que na sua idade eu talvez não teria sabido fazer, e o que numerosos homens maduros, e que se dizem letrados, são incapazes de fazer
Percebe-se claramente em seus escritos, especialmente em sua carta à Judith Gautier, uma situação paradoxal em relação a esses valores: a marca é tão profunda – tal o selo sobre a cera quente – que o poeta não consegue se libertar totalmente, por mais que tenha rompido o lacre
Summary
Resumo: Esse artigo tem por objetivo apresentar aspectos introdutórios sobre a vida e obra da escritora e tradutora francesa Judith Gautier, relativamente desconhecida no Brasil. Em 1919, o Vie Heureuse se tornou Prix Femina, o qual existe ainda hoje e faz parte dos grandes prêmios literários na França.[4] Este consistia em um prêmio de literatura, aos moldes do Goncourt, definido, porém, por um júri de 20 mulheres (e que também contou com a participação de Judith Gautier).
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