Abstract

Na Argentina, os migrantes internacionais e internos, em tempos de crise aparecem como bode expiatório responsáveis por vários problemas da sociedade: crime, uso ilegal de recursos públicos e a perda de trabalho, entre outros. Em 2003, a lei de imigração 25.871 definiu a migração como um direito humano e permitiu a passagem de um paradigma baseado em controle para outro baseado na hospitalidade para com o estrangeiro. No entanto, discursos de ódio em relação a imigração apoiados em temas relacionados ao tráfico de drogas e uso ilegal do espaço público. O objetivo deste trabalho é analisar a representação dos imigrantes na Argentina na imprensa hegemônica digital durante o período 2014-2016, que abrange o período de mudança do governo nacional. Utilizou-se uma metodologia qualitativa que compreende a análise crítica do discurso. Os principais resultados afirmam que a representação dos imigrantes do excesso (apreensão de terra, o usufruto de recursos públicos, tráfico de drogas) e da ausência (vítima, trabalhador, apolítico) abre o caminho para perceber a passagem de um paradigma migratório hospitalocêntrico baseado no direito para outro securitarista baseado no crime.

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