Abstract

Vivemos, na atualidade, um movimento de proliferação das avaliações em larga escala. Tal movimento convive, paradoxalmente, com a constituição da inclusão como imperativo contemporâneo. Discursos sobre o respeito à diferença chocam-se com as medições globais que prometem aferir a qualidade da Educação. Diante disso, questiona-se: o que os números são capazes de medir? O que escapa às avaliações em larga escala? Para responder tal questionamento a presente pesquisa analisou documentos oficiais que legislam sobre a Avaliação Nacional da Alfabetização e sobre os indicadores sociais; também realizou entrevistas com professores e diretores de escolas públicas localizadas em sete municípios do Rio Grande do Sul. A partir da coleta de dados argumenta-se, na esteira dos Estudos Foucaultianos, que as avaliações em larga escala produzem uma espécie de semelhança imaginada, uma vez que, ao considerar algumas variáveis, deixando outras tantas de fora, estabelece invisibilidades, tanto dos alunos com deficiência, quanto do trabalho docente.

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