Abstract

A vegetação aquática e seus atributos, como a capacidade de reter poluentes, são importantes indicadores da qualidade dos ecossistemas aquáticos. Entretanto, a flora destes ecossistemas em fundo de vales nos tabuleiros costeiros do Espírito Santo nunca foi avaliada, mesmo com as profundas alterações no uso do solo advindos de grandes empreendimentos portuários nos anos recentes. Neste trabalho, realizamos um levantamento florístico e demonstramos como a vegetação aquática nativa se distribui ao longo da zonação provocada por pulsos de inundação no Brejo do Criador, no extremo sul do estado. A área caracteriza-se pela ocorrência de 48 espécies, 36 gêneros e 16 famílias e vegetação predominantemente herbácea, com arbustos emergentes e espécies tolerantes à inundação, mas sua estrutura é bastante afetada pelo pisoteio e herbivoria do gado. Apesar disso, os pulsos de inundação garantem a permanência de espécies típicas de ambientes aquáticos. Nossos resultados permitem reduzir o negligenciamento ambiental dessas áreas e trazem valores de referência futuramente importantes para áreas semelhantes, principalmente em função da rapidez de alteração do uso do solo e crescimento populacional na região.

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