Abstract

O artigo seguinte tem por objetivo entender a vigência do modelo de capitalismo universitário no Brasil, a partir de um exame da atual política governamental de fomento à pesquisa nas Instituições de Ensino Superior. Serão enfatizados seus objetivos de formação de quadros e a preferência institucional por determinadas áreas do conhecimento, a partir de pesquisa documental envolvendo dados consolidados de fomento à pesquisa e os editais de seleção pública de projetos de pesquisa, ambos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. A elaboração do artigo envolveu procedimentos de documentação indireta (pesquisas documentais e bibliográficas). Foi possível constatar a feição crescentemente empresarial que o fomento à pesquisa assume no Brasil.

Highlights

  • The following paper aims to comprehend the growing and dissemination of the academic capitalism model in Brazil through an assessment of the current governmental policy of research funding to post-secondary education institutions

  • Introdução Inventar ou atender às encomendas, aos requisitos do setor produtivo? Investigação científica ou produção tecnológica? Debatidas pela intelectualidade acadêmica brasileira pelo menos desde os anos 1980, essas questões se recolocam na presente década, ante a expansão das universidades – verificada, por exemplo, a partir da interiorização das Instituições de Ensino Superior (IES, doravante)

  • Com o que parcela relativamente alta do financiamento à pesquisa se encaminha, naturalmente, para as áreas e os centros mencionados, promovendo tanto uma homogeneização distorcida do trabalho acadêmico-científico quanto o embotamento às especificidades regionais

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Summary

Introduction

The following paper aims to comprehend the growing and dissemination of the academic capitalism model in Brazil through an assessment of the current governmental policy of research funding to post-secondary education institutions. Tomar-se-á como referência o debate da filosofia e da economia política sobre pesquisa científica e a racionalidade capitalista, que internaliza a ciência como fator de produção – circunscrevendo-a conceitualmente, segundo a determinação de classes vigente, e desqualificando o trabalho científico.

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