Abstract

Demographic and epidemiological transition models have seldom been debated within the Brazilian scientific community. This study aims to critically review the studies based on such transition models, analyzing their contributions and limitations for health research in Brazilian cities. Data from the city of Belo Horizonte were used to illustrate the theoretical issues raised in this paper. A total of 10,558 death certificates from 1994 were classified according to underlying cause of death and place of residence (75 geographical areas). Areas were classified according to the proportion of heads of households with low formal education. Population age structures and age- and sex-adjusted mortality rates in the areas were compared. Mortality rates indicate that Belo Horizonte is experiencing a multiple and unequal epidemiological transition process. In the poorer areas, infectious diseases have been replaced by homicides as cause of death in adulthood. The findings suggest that large Brazilian cities have mortality patterns that vary according to social and economic differentials.

Highlights

  • Resumo Modelos de transições demográfica e epidemiológica não têm sido debatidos com grande freqüência pela comunidade acadêmica brasileira

  • Este estudo tem por objetivo rever criticamente os estudos referentes a estes modelos de transição, analisando suas contribuições e limites à investigação em saúde das populações urbanas do Brasil

  • Elas enfocam as seguintes causas básicas de óbitos: doenças do aparelho circulatório, doenças do aparelho respiratório, doenças infecciosas, causas externas e homicídios

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Summary

Transição demográfica

A transição demográfica é definida como processo de modernização global com base em determinado padrão demográfico “tradicional”, até sua conversão em um padrão demográfico moderno (Chesnais, 1992). O novo padrão demográfico brasileiro é marcado por progressivos declínios das taxas de fecundidade e mortalidade, alteração da estrutura etária, aumento da proporção de idosos e inversão na distribuição da população de áreas urbanas e rurais. Não há estatísticas oficiais sobre as práticas abortivas no país, mas é de se esperar que esses métodos tenham tido importante papel no declínio da fecundidade. Por um lado, as mudanças no padrão de fecundidade têm empurrado o Brasil para um modelo de transição avançada, por outro, a expectativa de vida ao nascer é ainda contida pelos altos níveis de mortalidade. Desde os anos 80, tem ocorrido uma desaceleração no processo de “metropolização”, isto é, migração maciça em direção às grandes cidades, resultando em uma melhor distribuição da população em cidades de diferentes tamanhos, com exceção das capitais dos estados da Amazônia (Martine, 1993, 1994). A extensão de cobertura dos serviços de saúde, ao final dos anos 80, promoveu uma redução nas mortes causadas por doenças infecto-contagiosas

Transição epidemiológica
Estruturas etárias
Mortalidade proporcional
Taxas específicas de mortalidade por causa básica de óbito
População Óbitos Taxas brutas Taxas padronizadas
Homicídios óbitos taxas
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