Abstract

Considerando a perspectiva de uma sociologia do cinema que, ao privilegiar a análise fílmica, preocupa-se com as especificidades da relação que se estabelece entre filme, real e espectador, esse artigo tem por objetivo discutir as possibilidades e os limites discursivos presentes na construção fílmica das intersecções entre classe, raça e sexualidade em Pobre Preto Puto (Diego Tafarel, 2016). Para tanto, em primeiro lugar, situa-se o filme em relação à como os contextos urbanos periféricos brasileiros foram historicamente construídos no interior do cinema e da atual produção queer documental do país, com vistas a problematizar as relações centro-periferia presentes no conjunto dessa produção e, em particular, no filme de Tafarel. Em segundo lugar, indaga-se sobre as possibilidades de apresentação interseccional e consubstanciada das diferenças sexuais por esse cinema, de forma a reposicionar o filme em um debate epistemológico de valorização dos saberes ditos subalternos e de abordagens interseccionais pelas Ciências Sociais.

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