Abstract

O tema interculturalidade não pode ser examinado sem o devido referimento às lutas por reconhecimento de identidades e de direitos. Hoje, especialmente depois da queda do muro de Berlim, e do propalado fim das ideologias, e mais recentemente após o 11/09/2001, observa-se um recrudescimento dessas lutas através de discursos étnico-religiosos. Associa-se a isso o crescente movimento migratório de pessoas verso países mais desenvolvidos, que alguns atribuem a globalização, outros aos próprios conflitos étnico-religiosos, ou a pobreza endêmica resultante do sistema político-econômico neoliberal. Acreditamos que todos estes fatores são indissociáveis e que compõem a realidade social contemporânea, com seus movimentos de exclusão direcionados a novos grupos. Este artigo reflete genealógicamente sobre diversidade e convivência intercultural, tentando entender as implicações e significados da discriminação hoje, em um contexto de crescente intolerância étnica, cultural e religiosa. Para tanto, utilizamos a experiência de Foucault com a revolução de Khomeini no Irã, entre 1978-79, como dispositivo inaugural da discussão sobre o hoje chamado "choque de civilizações". Utilizamos também exemplos atuais, muitos deles extraídos de nossa vivência como subjetividade imigrante na Europa.

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