Abstract

A atividade carbonífera no sul de Santa Catarina se desenvolve há mais de um século e a falta de gerenciamento ambiental nos empreendimentos mineiros causou significativas alterações de qualidade nos recursos hídricos da Bacia Hidrográfica do Araranguá. Além da alteração na qualidade das águas, ocorreram fenômenos de colapso e abatimento de minas subterrâneas que ocasionaram fraturamento das camadas sobrejacentes, e permitiram a ampliação dos processos de circulação dos sistemas aquíferos com corpos hídricos superficiais. Com objetivo de melhorar o entendimento destes processos, foram analisadas amostras das águas de 9 poços do Sistema Aquífero Rio Bonito, 4 poços do Sistema Aquífero de Leques Aluviais e 6 amostras de águas superficiais das mesmas microbacias onde estão instalados os poços. As análises hidroquímicas indicam uma predominância de águas bicarbonatadas cálcicas e sódicas, que quando em contato com a drenagem ácida de mina são transformadas em águas sulfatadas. A composição isotópica em termos de isótopos de oxigênio e de hidrogênio das amostras evidencia semelhança com a composição isotópica das águas meteóricas. Este fato contribui com a hipótese da forte interação da água subterrânea com as águas freáticas e superficiais, que ocorre devido à tectônica rúptil que afeta as litologias gonduânicas, e é intensificada pela presença das minas de subsolo.

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