Abstract

Contextos em que as crianças interagem sem uma intervenção mais intensa dos adultos, como nos momentos de atividades livres em uma brinquedoteca, revelam-se significativos para problematizar e discutir aspectos referentes ao desenvolvimento infantil. De que maneira ocorrem as interações entre as crianças nesse espaço? Que pistas elas fornecem para uma compreensão dos fatores envolvidos no percurso de construção do "eu" entre essas crianças? Qual o papel do outro/criança nesse processo? Essas são algumas questões que o presente estudo busca discutir, tomando como base as contribuições de Vigotski sobre o desenvolvimento da consciência, as de Wallon relativas ao papel do outro na consciência do eu, e as de Elias, referentes à relação entre o sentido que o sujeito constrói sobre sua vida e os sentidos que os outros atribuem a ele. A análise dos dados relativos a observações de interações entre crianças e de crianças com adultos em uma brinquedoteca e, em especial, de duas crianças, um menino com síndrome de Down que vive com sua família e uma menina que mora em um orfanato, indica que, na relação estabelecida com o outro, mais do que um sentido único, o que se destaca é uma multiplicidade de sentidos a respeito do eu e do outro, acompanhada de ressonâncias afetivas que podem ser variadas e até contraditórias.

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