Abstract

INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca crónica é considerada, a nível mundial, a principal causa de internamento em doentes com idade superior a 65 anos. A Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) foi criada com o objetivo de minimizar as complicações hospitalares, proporcionar maior qualidade de vida e atingir melhores resultados funcionais.MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospetivo de um ano de hospitalização domiciliária da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, destacando apenas doentes internados por descompensação da insuficiência cardíaca crónica.RESULTADOS: Neste período foram internados 99 doentes, 23,3% por descompensação da insuficiência cardíaca crónica. Eram do sexo masculino, 52,1%. A idade média foi de 79,8 anos (±10,6). O tempo médio de internamento foi de 6,7 dias (±3). As principais causas da insuficiência cardíaca foram: hipertensão arterial (43,4%) e arritmias (30,4%). O principal fator de descompensação foi infeções (69,5%). Estiveram sob perfusão inicial de furosemida, 56,5%. Evoluíram favoravelmente 95,6% (n=22) dos doentes e 4,3% (n=1) foi transferido para o internamento convencional. Segundo a escala de NEWS, 7,9%-12,7% dos doentes tinham risco de serem admitidos em unidade de cuidados intermédios/intensivos ou morrer entre 60 dias. O índice de comorbilidades de Charlson foi de 3-10 pontos e a sobrevivência num período de 10 anos estimava-se em 0%-77%. Noventa dias após a alta, 69,5% não regressaram à urgência nem foram reinternados.CONCLUSÃO: A hospitalização domiciliária em doentes com insuficiência cardíaca é vantajosa por proporcionar maior conforto ao doente e reduzir as complicações. Estudos demonstraram que a hospitalização domiciliária aumentou o tempo entre as readmissões, melhorou a qualidade de vida dos doentes e reduziu os custos das hospitalizações.

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