Abstract

Ecossistemas de água doce têm sido constantemente ameaçados por estressores antropogênicos, exercendo pressão na estrutura da comunidade bentônica de insetos aquáticos. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo avaliar a diversidade de insetos aquáticos, ao longo de um gradiente de áreas florestadas e não florestadas, entre os períodos de seca e cheia em rios do Vale do Juruá. Foram coletados 657 indivíduos, 70,63% foram coletados durante o período da seca e 29,37% no período da cheia, distribuídos nas ordens Diptera, Ephemeroptera, Odonata e Trichoptera. A ordem Diptera apresentou maior abundância em relação aos outros táxons. Diferenças significativas entre os ambientes florestados e não florestados em ambos os períodos sazonais foram observadas com a diversidade e a equitabilidade maiores em ambientes florestados. A riqueza e a diversidade de famílias apresentaram relação com os teores de oxigênio dissolvido na água e a concentração de clorofila, nos ambientes florestados durante a seca, e todos os ambientes amostrados apresentaram o pH ligeiramente ácido, próximo à neutralidade. O estudo demonstrou uma grande abundância de organismos generalistas, que apresentam características adaptativas a mudanças negativas, mostrando assim que os impactos causados no local alteraram a composição dos insetos aquáticos.

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