Abstract

As transformações e dificuldades que permeiam o mercado de trabalho odontológico despertam questões sobre a inserção dos cirurgiões-dentistas e sua formação diante do exercício profissional. O objetivo deste trabalho foi avaliar a inserção de egressos do curso de Odontologia da Universidade Federal do Piauí no mercado de trabalho. Neste estudo transversal de caráter quantitativo, um questionário online autoaplicável foi enviado a 76 cirurgiões-dentistas formados entre 2017 e 2018, abordando dados sociodemográficos, investimento em pós-graduação e ingresso no mercado de trabalho. Foi realizada análise descritiva dos dados. A taxa de resposta foi de 92,1%. A maioria dos egressos (88,6%) possuía ou cursava algum tipo de pós-graduação, principalmente nas áreas de Cirurgia, Endodontia e Ortodontia. Quanto ao ingresso no mercado, apenas 4,3% nunca exerceram a profissão e 75,7% se inseriram em até 3 meses de formados. Os cirurgiões-dentistas estão divididos de forma equiparável entre os setores público e privado, possuem em sua maioria jornadas de até 40 horas (75,4%) e renda mensal de até 5 salários mínimos (91,3%). Apenas 11,4% não estão satisfeitos com a profissão escolhida e 40% julgam o mercado como regular. Entre as dificuldades relatadas no início da profissão, as mais citadas foram baixa remuneração (82,1%) e insegurança na prática clínica (70,1%). Como sugestão para o curso de graduação, indicaram a abordagem de Administração, Marketing e Empreendedorismo. Observou-se que o mercado proporcionou oportunidades para uma inserção rápida, no entanto, com redução do exercício estritamente autônomo. Os egressos valorizam a pós-graduação e apesar das dificuldades, estão satisfeitos com a profissão.

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