Abstract

Nas últimas décadas, o governo brasileiro tem orientado suas políticas públicas no sentido de promover ações que resgatem dívidas sociais e históricas com os povos originários. Em 2004, foi firmado o convênio FUB/FUNAI para formar profissionais indígenas. Entre os inúmeros problemas enfrentados pelos estudantes, estão as dificuldades de leitura e escrita. Como medida de intervenção, foram propostas reflexões contextualizadas quanto à cultura e à área específica de formação de cada estudante. Para isso, produziram um texto sobre pertencimento e uma resenha de um texto de suas respectivas áreas, passando por várias versões, a partir de feedback textual-interativo. A estratégia adotada, fundamentada na contextualização do universo indígena, levou-os para a sua realidade e possibilitou intervenção, com metodologia específica para a produção de textos, envolvendo sua realidade social e considerando sua origem e suas diferentes etnias. Fundamentados numa concepção dialógica e sociocultural de língua, texto e gênero, foi trabalhada a produção a partir da familiarização da linguagem científica em oposição ao senso comum como exercício acadêmico. Pela avaliação final, a prática proporcionou desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita, despertou interesse e promoveu interação e inclusão dos indígenas na Universidade.

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