Abstract

O livro de Deuteronômio sem dúvida ocupa um espaço importante entre os livros do Pentateuco, e que influenciou de maneira especial os discursos políticos durante a Idade Média. É nesse livro que a ideia de Israel e seu povo como escolhidos por Deus e a ideia de “terra prometida” aparecem com maior clareza. Este artigo visa analisar os elementos do Deuteronômio que aparecem nas crônicas inglesas do século XV, especialmente relacionadas aos reis Lancaster, e como num discurso sobre a Batalha de Agincourt em meio a Guerra dos Cem Anos formou-se uma ideia de reino e identidade formulados com base em discursos do Antigo Testamento. A Idade Média produziu espaços imaginários, e, portanto, a Inglaterra e seus reis representavam uma nova Israel e seus reis. Os monarcas especialmente eram vistos como escolhidos por Deus, guias do povo para a glória e vitória. Que garantia a materialidade de aspectos presentes no imaginário cristão, presentes também nas crônicas. Mais que uma simples representação, a Inglaterra eram uma Nova Israel e seu povo os escolhidos.

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