Abstract

Objetivo: Estimar a ingestão dietética de ácidos graxos ômega-3 (n-3) e identificar fatores associados à mesma em mulheres climatéricas. Métodos: Estudo transversal com 80 mulheres climatéricas de três municípios do Sudoeste do Paraná. Foram realizadas avaliação antropométrica; avaliação dos sintomas climatéricos, por meio do índice menopausal de Kupperman; avaliação dos sintomas depressivos, através da Escala de Rastreamento Populacional para Depressão; e aplicação de um diário alimentar de três dias, para avaliar a ingestão de n-3. Utilizaram-se testes de diferença de médias e modelo de regressão logística para avaliação de fatores associados à ingestão de n-3. Resultados: A ingestão média de n-3 foi de 1,07±0,95g/dia e não se observou diferença significativa entre as mulheres com e sem sintomas de depressão. Verificou-se, entretanto, que aquelas com histórico prévio da doença (OR=0,07; IC=0,01-0,70; p=0,02) e que apresentavam sobrepeso/obesidade (OR=0,13; IC=0,02-0,84; p=0,03) possuíam maiores chances de ingerir o nutriente abaixo do valor correspondente ao percentil 50 (1,07g/dia) de ingestão pela amostra estudada. Além disso, notou-se que as mulheres que apresentavam risco de complicações metabólicas, avaliado por meio da circunferência da cintura aumentada (OR=8,42; IC=1,04-68,24; p=0,05) apresentaram maiores chances de consumir ácidos graxos n-3 em quantidades adequadas (≥ 1,07g/dia). Conclusão: Verificou-se elevada frequência de baixa ingestão de ácidos graxos n-3, especialmente nas mulheres com histórico prévio de depressão e excesso de peso.

Highlights

  • A análise da ingestão de ácidos graxos n-3 de acordo com a presença ou não de sintomas depressivos pode ser verificada na tabela 4

  • Rev Aten Saúde, São Caetano do Sul. 2016 [citado 2017 Outubro 13]; 14(49):

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Summary

Com risco de complicações metabólicas

Nota: *Salário mínimo vigente na ocasião da coleta de dados R$ 788,00 **Classificação para idosas; N: Frequência Absoluta; %: Frequência Relativa. Na tabela 2, é possível verificar a caracterização das mulheres quanto aos sintomas climatéricos e de depressão. Pode-se observar que 45% das mulheres apresentavam sintomas climatéricos moderados ou intensos e mais de 40% apesentavam sintomas de depressão. 37,5% das mulheres relataram histórico prévio da doença e 22,5% referiram uso de antidepressivos. Caracterização clínica das mulheres climatéricas do Sudoeste do Paraná (2015/2016)

Características Intensidade dos Sintomas Climatéricos
Uso de Medicamentos Antidepressivos
Valor de p*
Findings
Sintomas moderados e graves
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