Abstract

Este ensaio assume como pressuposto que as atuais práticas e saberes de Informação e Informática em Saúde não dão conta da complexidade dos processos de saúde/doença/cuidado e dos problemas contemporâneos a serem superados, constituindo-se em um dos limitantes para a ampliação da capacidade de resposta do Estado brasileiro. Tem por objetivos aprofundar a compreensão da gênese e dos determinantes desses limites e analisar alternativas para sua superação que dependem menos de iniciativas pontuais internas ao campo da informação e mais, dentre outras, da adoção de novos referenciais, a começar pelo significado e conceito de Saúde. Identifica a existência de um 'intercampo de informação e informática em saúde' que se consubstancia tanto a partir de uma epistemologia que tenha por referencial a abordagem transdisciplinar, quanto da consolidação de um processo político-histórico de construção institucional, espaço portador de potência e relevância: intercampo político-epistemológico. Desenvolve essa análise através de estudo exploratório dos processos sociopolíticos e epistemológicos presentes na construção histórica das redes de informação em saúde constituídas pela C&T em saúde, pelos sistemas e serviços de saúde e pelas informações sociais, políticas e econômicas.

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