Abstract

No Brasil, o racismo é cultural e historicamente presente nas mais variadas esferas da sociedade. Considerando essa problemática, este artigo traz um recorte da dissertação de mestrado que teve como objetivo analisar em que medida a formação continuada contribui para que o professor de educação infantil, que atende crianças de 0 a 3 anos, possa lidar com as diferenças raciais no espaço escolar de um Centro de Educação Infantil (CEI), a partir das contribuições formativas de um trabalho pedagógico voltado às questões étnico-raciais, desenvolvido em horário de Projeto Especial de Ação (PEA). O estudo de abordagem qualitativa foi realizado com professoras atuantes em CEIs da zona leste da cidade de São Paulo e que participaram de uma formação sobre a diversidade étnico-racial do Projeto Especial de Ação (PEA), nos anos de 2017 e 2018. Como apontamentos da análise desse estudo, infere-se que as professoras se sentiam desconfortáveis e despreparadas para tecer discussão sobre questões raciais no ambiente educacional, sendo que para a maioria delas o silenciamento ainda é um problema. Outro aspecto relevante é que há evidências de apropriação do entendimento sobre a temática à medida que promoveu reflexões sobre a discriminação racial e a invisibilidade nas suas práticas pedagógicas, no entanto, as ações em situações práticas e nas decisões do cotidiano são o que realmente determinam se houve aprendizado ou não.

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