Abstract

A técnica de miniestaquia permitiu o estabelecimento de florestas clonais em larga escala. Porém, pouco se avançou no seu manejo em viveiro para genótipos recalcitrantes. Assim, esse estudo teve como objetivo avaliar a influência do sistema de cortes na base de miniestacas na produção de mudas de um clone híbrido de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus globulus subsp. maidenii. Desta forma, foram realizadas três avaliações: 1) sobrevivência aos 30 dias em casa de vegetação; 2) enraizamento aos 45 dias em casa de sombra; e 3) aproveitamento final aos 60 dias na área de rustificação. O índice de enraizamento foi determinado com base no percentual de sobrevivência. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados constituído de três tratamentos: 1) miniestacas com corte na base perpendicular (testemunha); 2) miniestacas com corte na base em bisel (corte diagonal) e 3) miniestacas cortadas perpendicularmente, com três incisões longitudinais na base. Foram avaliadas quatro blocos de 228 plantas por bloco. Os resultados de enraizamento foram superiores a 80% nos melhores tratamentos e indicam que a propagação do clone via miniestaquia é viável, não apresentando comportamento recalcitrante. Os sistemas de corte basal das miniestaca em bisel e as incisões não favoreceram a formação de raízes.

Highlights

  • Mini-cutting technique has allowed establishing large scale clonal forests

  • Apesar dos avanços da técnica de miniestacas, clones recalcitrantes ao enraizamento via propagação vegetativa, em particular àqueles da espécie Eucalyptus globulus, ainda apresentam barreiras ao estabelecimento de florestas clonais comerciais, tanto em função de baixos índices de enraizamento quanto da dificuldade de adaptação ao ambiente tropical

  • Incisões na base das estacas permitem que haja o rompimento de barreira física exercida pelos anéis de esclerênquima, além do aumento da taxa respiratória, acúmulo de carboidratos e auxinas na área lesionada, o que pode favorecer a emissão de raízes, principalmente em estacas que apresentem maior grau de lignificação (FACHINELLO et al, 1995; HARTMANN et al, 2002)

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Summary

INTRODUÇÃO

Na década de 1990, foi implementada a propagação vegetativa por miniestaquia no gênero Eucalyptus (XAVIER; COMÉRIO, 1996), que permitiu a maximização dos plantios clonais no Brasil em escala comercial e elevou consideravelmente os níveis de enraizamento de diferentes espécies e clones. Apesar dos avanços da técnica de miniestacas, clones recalcitrantes ao enraizamento via propagação vegetativa, em particular àqueles da espécie Eucalyptus globulus, ainda apresentam barreiras ao estabelecimento de florestas clonais comerciais, tanto em função de baixos índices de enraizamento quanto da dificuldade de adaptação ao ambiente tropical. Incisões na base das estacas permitem que haja o rompimento de barreira física exercida pelos anéis de esclerênquima, além do aumento da taxa respiratória, acúmulo de carboidratos e auxinas na área lesionada, o que pode favorecer a emissão de raízes, principalmente em estacas que apresentem maior grau de lignificação (FACHINELLO et al, 1995; HARTMANN et al, 2002). Este estudo teve como objetivo avaliar a influência do tipo de corte na base de miniestacas no enraizamento e produção de mudas de um clone híbrido de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus globulus subsp. Este estudo teve como objetivo avaliar a influência do tipo de corte na base de miniestacas no enraizamento e produção de mudas de um clone híbrido de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus globulus subsp. maidenii

Área de estudo
Manejo de minijardim clonal
Experimento
Sobrevivência aos 30 dias em casa de vegetação
Enraizamento aos 45 dias em casa de sombra
Aproveitamento final aos 60 dias na área de rustificação
Análise de dados
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
Findings
REFERÊNCIAS
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