Abstract

O alongamento muscular é utilizado nas práticas desportivas para aumentar a flexibilidade muscular e amplitude articular, mas estudos mostram que pode produzir efeitos deletérios na produção de força muscular. A proposta deste estudo foi verificar a influência imediata e tardia do alongamento dos músculos isquiostibiais e retofemoral, por meio da facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), no pico de torque e potência máxima do joelho. Quinze jovens sedentárias foram distribuídas em três grupos: GA, submetidas a 12 sessões de alongamento durante quatro semanas; GB, a apenas uma sessão de alongamento imediatamente antes da avaliação final; e GC, à mobilização articular passiva do joelho, de forma a não alongar. Todas as participantes foram avaliadas quanto à amplitude de movimento (ADM) de flexão e extensão do joelho, e à dinamometria isocinética, antes e após a intervenção, mensurando-se ADM, pico de torque (PT) e potência máxima (PM) do joelho. Observou-se diferença entre as médias dos três grupos na ADM após a intervenção (p<0,001), mas não nas variáveis isocinéticas (p>0,05). Os grupos GA e GB apresentaram melhoras na ADM e apenas o grupo GC apresentou melhora significativa em todas as variáveis isocinéticas (p<0,05). Os resultados sugerem que o alongamento com FNP, com duração e intensidade adequados, pode ser utilizado antes da prática esportiva sem decréscimo na produção de força.

Highlights

  • O alongamento muscular é definido como qualquer técnica aplicada para promover o aumento da mobilidade dos tecidos moles e conseqüentemente a amplitude de movimento (ADM)[1,2]

  • Parte-se da premissa que todos os métodos de alongamento muscular aumentam a flexibilidade, mas variações em seus componentes metodológicos podem compor estratégias diferenciadas para prevenção, reabilitação e treinamento[2,7]

  • Apesar de diversos estudos sobre o tema, os reais benefícios e malefícios do alongamento no desempenho muscular são contraditórios[11,12,13,14,15,16]

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Summary

Alongamento e desempenho muscular

O alongamento muscular é definido como qualquer técnica aplicada para promover o aumento da mobilidade dos tecidos moles e conseqüentemente a amplitude de movimento (ADM)[1,2]. As divergências na literatura quanto às técnicas de alongamento mais eficazes, seus efeitos no desempenho muscular e os mecanismos neurofisiológicos e mecânicos envolvidos tornam esta uma área ampla para pesquisa, requerendo estudos com base metodológica clara. A avaliação iniciou-se pela perna dominante, sendo efetuadas cinco repetições utilizando contração concêntrica para extensão e flexão do joelho com velocidade de 60o/seg para mensurar o pico de torque e 240o/seg para a potência máxima; entre cada velocidade avaliada foi mantido intervalo de um minuto. Na perna a ser alongada (supralateral) foi efetuada flexão máxima de joelho e extensão do quadril até o limite relatado pela participante, que foi então solicitada a realizar uma contração contra o sentido do alongamento (flexão do quadril com extensão do joelho), resistido pelo pesquisador por seis segundos – o que foi seguido de relaxamento e ganho de nova amplitude por quatro segundos. Esse procedimento foi realizado três vezes, totalizando 30 segundos de alongamento da musculatura das duas pernas[3]

Análise estatística
Findings
Pós p
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