Abstract

Atividades de cultivo de camarão tendem a aumentar a taxa de sedimentação de matéria orgânica nos corpos hídricos receptores de seus efluentes, devido à excessiva produção de produtos de excreção e sobras de ração. Dependendo das condições ambientais, o sistema pode não apresentar condições de autodepuração, gerando um grande acúmulo de nutrientes ao longo da camada sedimentar e intensificação do metabolismo bêntico levando, muitas vezes, o ambiente a um processo de eutrofização e possível situação de anoxia. Utilizaram-se, no presente estudo, incubações in situ com câmaras bentônicas transparentes e opacas, para avaliar o metabolismo bêntico em uma área de cultivo de camarão no estuário da Lagoa dos Patos, RS. Ficou evidente a existência de uma clara interferência do cultivo nos processos de regeneração bêntica de nutrientes, incrementando os fluxos de nitrogênio (na forma de amônio) e fósforo (fosfato). Embora a interferência desta atividade se tenha mostrado de abrangência local e temporária (apenas 4 a 5 meses do ano), é conveniente salientar que ela ganha maior importância em locais rasos e de circulação restrita, como é o caso de baías e enseadas, locais em que o cultivo de camarão é desenvolvido no estuário da Lagoa dos Patos.

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