Abstract
OBJETIVOS: Comparar idosos cuidadores e não cuidadores quanto às condições de saúde, psicossociais e de desempenho funcional e conhecer a influência das variáveis socioeconômicas sobre estes grupos. MÉTODO: Estudo envolvendo idosos residentes de três cidades brasileiras - Parnaíba-PI, Campinas-SP e Ivoti-RS - com base nos dados do estudo FIBRA. A amostra foi composta de 676 idosos, 338 cuidadores e 338 não cuidadores. Os cuidadores responderam afirmativamente a duas questões sobre a prestação de cuidado no Elders Life Stress Inventory. Os instrumentos utilizados foram: versões brasileiras da Geriatric Depression Scale, da Interpersonal Support Evaluation List, da escala de atividades instrumentais de vida diária (AIVD), de 13 itens de atividades avançadas de vida diária e escala de satisfação com a vida. Foram aplicadas questões de autorrelato sobre idade, gênero, renda familiar, número de doenças e fadiga. RESULTADOS: Os cuidadores compuseram 29,7% da amostra. A tarefa de cuidar era mais frequente entre as mulheres (65,7%), os idosos de 65 a 74 anos e os de menor renda familiar. Houve frequência maior de queixa de insônia entre os cuidadores comparados com os não cuidadores (p=0,013). Para os grupos, ser mais pobre significou maior frequência de insônia e de dependência em AIVD, além de mais sintomas depressivos entre os cuidadores (p=0,24). As mulheres eram as mais doentes e os homens os mais isolados socialmente. Os cuidadores mais velhos reportaram maior grau de dependência em AIVD (p=0,015). CONCLUSÃO: Circunstâncias socioeconômicas podem contribuir para desfechos negativos sobre as condições de saúde física e bem-estar psicológico, especialmente entre os cuidadores.
Highlights
The sample was composed of 676 older adults
Caregivers were identified through two questions of the Elders Life Stress Inventory
A higher frequency of insomnia complaint was observed among caregivers compared to non-caregivers
Summary
Este estudo envolveu idosos residentes em três cidades brasileiras, Parnaíba-PI, CampinasSP e Ivoti-RS, cujos dados compunham o banco eletrônico de um estudo que integra os trabalhos de uma rede de pesquisa conhecida como FIBRA (acrônimo de rede de Pesquisa sobre Fragilidade em Idosos Brasileiros) sobre relações entre fragilidade e condições sociodemográficas, psicossociais e de saúde, cognição e funcionalidade. As três cidades foram selecionadas dentre as sete do estudo maior porque seus participantes responderam aos itens sobre cuidado de interesse para esta investigação. Dentre os 1.581 idosos que compunham as amostras das três cidades, 442 foram excluídos no início da coleta de dados em razão de terem pontuado abaixo da nota de corte no Miniexame do Estado Mental, considerando-se o nível de escolaridade.[13] Os 1.139 idosos remanescentes foram considerados para a seleção do grupo de cuidadores. 5) Insônia: avaliada por quatro questões de autorrelato, que comportavam respostas “sim” ou “não”, extraídas do Perfil de Saúde de Nottingham (PSN).[17] Foram considerados com sintomas de insônia aqueles que responderam positivamente a qualquer um dos quatro itens. 10)Intensidade do estresse associado à prestação de cuidados: foi avaliada por meio de item único de natureza escalar (0-5 pontos, em que 1 correspondia a menor estresse),[14] aplicada apenas aos idosos que haviam respondido afirmativamente ao item de cuidado, que perguntava qual tinha sido a intensidade do estresse vivenciado na situação
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