Abstract
Objetivou-se avaliar a influência da insensibilização inadequada durante o abate de suínos na cor, pH e perdas de água da carne. Após eletrocussão dos animais em um abatedouro-frigorífico sob SIF da região da Zona da Mata, Minas Gerais, parâmetros de insensibilização foram avaliados em 3.347 suínos abatidos. Os parâmetros avaliados foram ausência de reflexos palpebrais, reflexo de orelhas, gritos, pedalagem nos membros anteriores e respiração arrítmica. Após o completo abate e 16 horas de estocagem das carcaças em câmara fria a 2°C, fragmentos transversais do músculo Longissimus dorsi foram obtidos de animais selecionados de forma randomizada e insensibilizados de forma adequada (n=12) e inadequada (n=12). As amostras de carne foram avaliadas quanto ao pH, Capacidade de Retenção de Ãgua (CRA). Do total de 3.347 suínos abatidos, 272 (8,13%) apresentaram pelo menos algum sinal de insensibilização inadequada. Observou-se que as 24 amostras de carne tiveram pH médio de 6,06, perda média de 24,74% de água e escore médio de 3,64 na escala de cor avaliada. O pH médio da carne obtida de animais inadequadamente insensibilizados (6,11) foi maior (p<0,05) que o pH médio de animais adequadamente insensibilizados (6,01). Quanto menor o pH da carne menor era o seu escore de cor e CRA (p<0,05). Portanto, a carne obtida de suínos mal insensibilizados possui maior pH, o que resulta em carne mais escura e com baixa CRA.
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