Abstract
Este trabalho estudou a variação da composição química na madeira de Eucalyptus grandis de quatro diferentes idades (10, 14, 20 e 25 anos), proveniente de talhões comerciais. As amostras foram coletadas de três discos, retirados da base e das extremidades das duas primeiras toras, de 3 m cada uma, de 16 árvores (quatro para cada idade), totalizando 48 discos. Os valores médios dos teores de holocelulose, lignina e extrativos foram de 69, 27 e 4%, respectivamente. Verificou-se que os teores de extrativos e lignina aumentaram com a idade, com maiores concentrações nos discos próximos da base; verificou-se, também, que o teor de holocelulose diminuiu com a idade, com maiores concentrações nos discos retirados nas regiões superiores do tronco.
Highlights
The objective of this work was to study the chemical composition variation of the Eucalyptus grandis wood, of four different ages (10,14,20 and 25 years), from commercial stands
As análises químicas e as respectivas normas adotadas foram as seguintes: extrativos totais; lignina insolúvel (GOMIDE e DEMUNER, 1986); lignina solúvel (GOLDSCHIMID, 1971) e holocelulose
Quadro 4 – Valores médios dos teores de lignina total (%) da madeira de Eucalyptus grandis de diferentes idades e posições ao longo do tronco
Summary
A madeira é um material orgânico, e os seus constituintes químicos estão diretamente relacionados com as suas propriedades. A madeira, segundo Lepage (1986), é um biopolímero tridimensional, composto, principalmente, de celulose, hemiceluloses e lignina, responsáveis pela formação da parede celular e pela maioria de suas propriedades. Segundo Raymond (2000), os teores de holocelulose e de extrativos aumentam com a idade, ocorrendo o inverso quanto aos teores de lignina. Segundo Hillis e Brown (1978), Panshin e De Zeeuw (1980), o teor de extrativos é um dos mais importantes indicadores de conformidade da madeira para diversos usos industriais. Santos (1996) e Raymond (2000) afirmaram que as variações químicas dos componentes fundamentais da madeira não têm qualquer correlação com os índices de qualidade para produtos sólidos; as variações dos componentes secundários, ao contrário, podem interferir nas propriedades de usinagem e acabamento, exigindo, às vezes, ajustes de processos. Este trabalho teve como objetivo avaliar a variabilidade da composição química da madeira de Eucalyptus grandis, de quatro diferentes idades (10, 14, 20 e 25 anos) e três diferentes posições longitudinais, no sentido base–topo
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