Abstract

Este trabalho apresenta uma síntese dos principais resultados obtidos através do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “‘A gente tá apenas em construção, construindo nossa forma, tentando achar a forma ideal pra fazer uma educação diferenciada, e que nós queremos’: a Licenciatura Intercultural Indígena da UFSC e as políticas linguísticas”, o qual apresentou uma análise das políticas linguísticas acadêmicas relacionadas ao curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica e que, consequentemente, afetam e refletem nas políticas linguísticas das/nas escolas das aldeias e das próprias comunidades. Os dados da pesquisa foram levantados no “I Seminário de Língua Indígenas do Sul da Mata Atlântica: Guarani, Kaingang e Xokleng” e a análise foi realizada por meio das falas das alunas e alunos e das professoras e professores da Licenciatura Intercultural Indígena. Em relação aos resultados, constatou-se que apesar de regulamentadas algumas políticas que tencionam a valorização e o uso das línguas indígenas, na prática elas não são bem concebidas e, ainda, demonstram a falta de autonomia dos professores indígenas em sala de aula, tanto no ensino básico quanto no ensino superior. Com o presente trabalho pretende-se contribuir com a visibilidade das populações indígenas, principalmente no tocante às suas vozes.

Highlights

  • This paper discusses how indigenous teachers perceive indigenous school education regarding to the autonomy gave to indigenous population in their teaching and learning processes

  • Inicia-se a análise dos dados gerados através de observação participante no referido evento, a qual está subdividida em duas categorias: i) Sobre o tempo e a busca pela autonomia e educação diferenciada; e ii) Sobre as culturas, os valores e as línguas

  • A análise dos dados foi dividida em duas categorias temáticas, apresentadas nas subseções a seguir: i) Sobre o tempo e a busca pela autonomia e educação diferenciada; ii) Sobre as culturas, os valores e as línguas

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Summary

SOBRE O PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO A QUE FORAM SUBMETIDOS OS POVOS INDÍGENAS

Antes da chegada do colonizador europeu nas terras que hoje chamamos Brasil, os povos indígenas não conheciam a instituição escolar. De acordo com o autor, esses documentos redesenharam uma nova função social para a escola indígena, detalhando o direito das comunidades a uma educação bilíngue, intercultural, comunitária, específica e diferenciada, garantindo, desse modo, sua autonomia na forma da lei (FREIRE, J., 2004). Assim como o RCNEI, uma sistematização de ideias e práticas já executadas em diferentes contextos culturais e que, por sua vez, mostraram-se eficazes na tarefa de enfrentar o grande desafio que é propiciar uma formação intercultural e de qualidade para os professores indígenas do país. Trata-se de uma proposta que visa capacitar as professoras e professores indígenas para atuarem não só em sala de aula nas escolas das aldeias mas também como construtores de uma escola específica e diferenciada, de acordo com as demandas de suas comunidades (UFSC, 2015). A análise dos dados foi dividida em duas categorias temáticas, apresentadas nas subseções a seguir: i) Sobre o tempo e a busca pela autonomia e educação diferenciada; ii) Sobre as culturas, os valores e as línguas

SOBRE O TEMPO E A BUSCA PELA AUTONOMIA E EDUCAÇÃO DIFERENCIADA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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