Abstract

Resumo Este estudo objetiva caracterizar e analisar a resiliência familiar em famílias de crianças com síndrome de Down. Participaram cinco famílias compostas por pai, mãe e filhos, tendo um deles a síndrome. Os instrumentos utilizados foram o Questionário de Caracterização do Sistema Familiar, o qual foi respondido pela mãe; o Inventário de Estratégias de Coping, o qual ambos os genitores responderam separadamente; e entrevistas com genitores e filhos com desenvolvimento típico. As famílias foram visitadas em três momentos. Os resultados indicam que diante de eventos ruins, principalmente, dos problemas de saúde relacionados à síndrome de Down, as famílias apresentam capacidade de extrair sentido da adversidade, bem como de se organizar de forma cooperativa, com diálogo e estreitamento dos vínculos. Em todas as famílias foram identificados indicativos de resiliência familiar. A estratégia de coping mais utilizada é a reavaliação positiva, enquanto a menos utilizada é fuga-esquiva.

Highlights

  • This study aims to characterize and analyze family resilience in families of children with Down syndrome

  • Estudos de Psicologia I Campinas I 33(1) I 117-126 I janeiro - março 2016 mainly health problems related to Down syndrome, the families showed ability to make meaning or sense of adversity, and to organize themselves in a cooperative way with dialogue and closer ties

  • Resilience was observed in all families investigated

Read more

Summary

Sistemas de crenças

. O único período mais difícil que eu passei com ela foi mesmo quando ela ficou internada, né, no hospital ... Foi uma fase muito ruim que ele passou e a gente também, né. As famílias reagiram aos eventos ruins tanto com a expressão de suas emoções, incerteza (n = 3), abalo emocional (n = 1) e sofrimento (n = 1), quanto por meio da procura por recursos médicos para o(a) filho(a) com síndrome de Down (n = 4) e da construção de um planejamento financeiro (n = 1), conforme exemplificam os relatos a seguir: Eu chorei muito, eu chorei, minha reação foi de choro, foi de medo. As famílias estreitam os vínculos/laços familiares (n = 7), adotam uma perspectiva positiva (n = 3), apegam-se à fé religiosa (n = 1) e se envolvem mais com os cuidados do(a) filho(a) com síndrome de Down, como identificado nos relatos que se seguem:. Enfrentou assumindo a responsabilidade de ter que ir, de ter que levar, porque o médico... você chega lá, o médico conversa com você e fala que as chances são de 50% pra cada lado, né. 50% de chance de dar certo, 50% de chance de não dar certo (M3)

Padrões de organização
Processos de comunicação
Considerações Finais
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call