Abstract

O este estudo visa analisar a tendência-temporal da hanseníase em Sergipe e sua correlação com os determinantes sociais da saúde. Trata-se de um estudo epidemiológico, do tipo ecológico de série temporal, com abordagens descritivas. No estudo serão utilizados os dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde, relativos ao período de 2007 a 2017.Foram selecionados trêsindicadores epidemiológicos: os coeficientes de casos novos de hanseníase na população geral, em menores de 15 anos e o os casos novos com grau II de incapacidade física, esses foram sujeitos a regressão polinomial. As variáveis independentes foram distribuídas em trêscategorias: Categoria socioeconômica; demográfica e de assistência à saúde, tais variáveis foram correlacionadas estatisticamente através da análise de correlação de Spearman (Significância de 5%). Para variáveis qualitativas procedeu-se com a categorização dos dados e obtenção das respectivas frequências e percentuais. Em relação à análise descritiva da hanseníase ocorreu um maior predomínio dos homens (51%), indivíduos com ensino médio incompleto (52,63%­), morando na zona urbana (74,36%), pertencentes a raça indígena, negra e parda (78%). Em relação as características clínicas (50%) dos indivíduos eram multibacilares. Observou-se uma tendência decrescente para os coeficientes de casos novos de hanseníase na população geral (APC -5,54 e p<0,000) e em menores de 15 anos (APC -5,57 e p< 0,004). Em relação aos indicadores socioeconômicos, a razão de renda, a renda per capita, o esgotamento sanitário e o índice de Gini apresentaram uma correlação positiva com os três indicadores de monitoramento da hanseníase.

Highlights

  • 2.1 Desenho do estudo Trata-se de um estudo de natureza epidemiológica, do tipo ecológico de série temporal e espacial, com abordagens descritivas

  • Grande parte residia em áreas urbanas 2400 (74,76%), ao mesmo tempo que, os moradores de áreas rurais totalizaram cerca de 795(17,16%) (Tabela 1)

  • Quanto maior a desigualdade relacionada a distribuição de renda, e maior a cobertura do esgotamento sanitário, consequentemente haverá um aumento na detecção dos casos de hanseníase para os três indicadores. (Tabela 4)

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Summary

Introdução

A hanseníase é uma doença tropical negligenciada, que ocorre prioritariamente em populações com alta vulnerabilidade social. Essa problemática está explícita com os dados das estatísticas mundiais, segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2016, foram notificados 25.218 casos novos de hanseníase no Brasil, o que representa uma taxa de detecção considerada alta (12,2/100 mil habitantes) (Brasil, 2018 B). Esses números refletem que apesar dos esforços das instituições internacionais e do Ministério da Saúde para a eliminação da hanseníase mediante estratégias e ações programáticas, a doença continua presente no território brasileiro, isso pode ser justificado pela sua distribuição heterogenia no país, com a concentração de casos novos nas regiões com maiores iniquidades sociais (Basso & Silva, 2017). Com conhecimento dessas condições sociais e de como eles impactam no surgimento de novos casos, é possível desenvolver estratégias ampliadas que contribuam para uma redução real da sua carga no estado de Sergipe (Schreuder; Noto; Richardus, 2016). Políticas públicas voltadas para as regiões com maiores desigualdades sociais podem contribuir para a redução dos casos de hanseníase

Métodos
Resultados
Médio Superior
Discussão
Findings
Conclusão
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