Abstract

O presente artigo apresenta a relevância da utilização das referências patrísticas, durante o Concílio Vaticano II, para uma concepção doutrinária positiva sobre as religiões. O que oferece, ainda, contribuições para o pensamento teológico sobre o significado das religiões. Tal feito foi possível pela ênfase cristocêntrica destinada ao tema das religiões na reflexão conciliar sobre as tradições religiosas no Decreto Ad gentes, fundamentada da concepção de Logos protreptikós de Clemente, que traz a dimensão da vasta economia do Logos que atinge a origem das religiões. Em decorrência desta abordagem cristocêntrica, o significado das religiões do mundo, em termos de preparação à promulgação do Evangelho, finda por ser entendida menos em termos de substituição das mesmas e mais como uma participação das religiões, a seu modo, no desígnio salvífica de Deus em Cristo. Isso posto, o artigo divide-se em duas partes. A primeira delas apresenta, na teologia patrística de Clemente, o caráter processual e a presença fundamental do Logos-Cristo nas religiões do mundo, atribuindo-lhes importância na história da salvação. A segunda, o uso da teologia de Clemente associada à de Eusébio de Cesaréia no Decreto Ad gentes n. 3 e a possibilidade de uma releitura do significado da formulação preparação evangélica, aplicado às religiões.

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