Abstract

RESUMO: Este trabalho parte de uma aproximação entre estudos realizados no Brasil e em Portugal, cenários em que as lutas pelo reconhecimento das pessoas surdas como participantes de uma comunidade linguística minorizada vêm pautando as discussões em defesa de uma escola bilíngue. Olha-se para os dois contextos a partir do entendimento da escola como lugar do encontro com a diferença, dando atenção no que se aproximam e, também, nas suas singularidades, dadas suas condições históricas, políticas e sociais. Realizaram-se interlocuções entre os movimentos de resistência pela manutenção dos espaços “Escola” – Escolas de Surdos (Brasil) e Escolas de Referência para Educação Bilíngue de Alunos Surdos – EREBAS (Portugal) – como também aproximação aos discursos de estudantes surdos, com o objetivo de olhar as potencialidades desses espaços possibilitarem experiências de ser Escola. Os estudantes — sujeitos da experiência — perceberam que a identificação linguística proporcionada pela Escola de Surdos/ EREBAS está relacionada ao acesso ao conhecimento, que vem sendo negado — ou não garantido — nos espaços da “escola inclusiva”. A defesa desses espaços precisa estar atrelada à busca de um lugar que dê significado às coisas do mundo, que abra o mundo e possibilite experiências que só acontecem nesses espaços de encontro com a diferença.

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