Abstract

O artigo pretende descrever a gênese do pensamento conservador como fenômeno da formação. Para tanto, considera a crítica literária e a educação como fontes importantes de descrição do sistema de formação nacional. Assim, apresenta a análise do pensamento conservador no ensaio “As ideias fora do lugar” de Roberto Schwarz. O ensaísta reflete aqui a gênese do conservadorismo nacional na figura dos homens livres, fundamentais na obra de Machado de Assis. Trata-se da submissão à ordem dos favores e da composição social dos agregados sob o olhar das elites dominantes. De maneira complementar, a pedagogia de Paulo Freire também ressalta a figura do pensamento conservador, mas do ponto de vista da condição do oprimido. É a partir do momento em que as contradições possibilitam a emersão para a consciência crítica que também opera com mais força o fanatismo apoiado no silenciamento e na violência do conservadorismo. Portanto, tanto sob o olhar do senhor, quanto da massa dos oprimidos, o pensamento conservador é resposta a impasses de formação. Seguimos, ao fim, com a pergunta: como intervir a partir do diagnóstico estético-político e pedagógico descritos, respectivamente, por Schwarz e Freire?

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