Abstract

Este trabalho analisa os impactos econômicos da adoção do milho Bt11 no Brasil, bem como as consequências da proibição deste cultivo apenas no Paraná, caso a lei estadual nº 14.162/03 entrasse em vigor. Para tal, utiliza-se um modelo computável de equilíbrio geral inter-regional, calibrado para 2001, simulando a redução de inseticida, mão de obra, combustível e lubrificantes, bem como o aumento de produtividade observado em lavouras de milho Bt11. Ao analisar a adoção nas regiões brasileiras "tecnificadas", observa-se o deslocamento de estoque de capital e mão de obra de todas as regiões para o Sul do País. Considerando-se que apenas o Paraná não adota milho Bt11, observa-se que tanto a mão de obra quanto o estoque de capital se deslocam do Sul e Sudeste para o Centro-Oeste do Brasil. Os resultados mais expressivos ocorrem no próprio estado do Paraná, onde não apenas o setor de milho, como também os setores a jusante perdem competitividade, reduzindo o nível de atividade, emprego e consumo das famílias. De forma geral, os efeitos da adoção do milho Bt11 são transmitidos ao longo da sua cadeia produtiva, gerando aumento do PIB, das exportações e do consumo das famílias, sendo mais expressivos nos setores e regiões diretamente relacionados com a cadeia de comercialização do milho, tais como os de criação animal e carnes, localizados, em sua maioria, no Sul do País.

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