Abstract

Dos impactos antrópicos, os atropelamentos estão entre as principais causas de morte de animais silvestres, já que as rodovias e estradas acarretam na fragmentação dos habitats naturais. Dentre esses, os felídeos são fortemente impactados de maneira negativa e apesar das estradas serem citadas como potenciais ameaças, poucos estudos abordam como os indivíduos da família Felidae interagem com esses ambientes. Com isso, o objetivo do estudo foi descrever a riqueza e composição de felídeos silvestres, analisar o efeito espacial e temporal, e identificar hotspots de atropelamentos dessas espécies em um trecho da BR-282 entre as cidades de São Miguel do Oeste e Paraíso, no extremo oeste do Estado de Santa Catarina. Durante o período de dezembro de 2021 a novembro de 2022, percorremos um trecho de 28 km semanalmente para coleta de dados de felídeos silvestres atropelados, sendo que em cada carcaça avistada, o veículo era estacionado para realizar a coleta de informações, o registro fotográfico e as coordenadas geográficas. Nesse período encontramos 26 exemplares de três diferentes espécies, sendo elas Leopardus guttulus (gato-do-mato-pequeno), Leopardus wiedii (gato-maracajá) e Herpailurus yagouaroundi (jaguarundi). Além do número expressivo de felídeos silvestres encontrados, foi identificado um hotspot de atropelamentos dessas espécies.

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