Abstract

O estado de São Paulo apresenta a maior produção industrial do Brasil, formando o maior Produto Interno Bruto (PIB) do país. Como consequência da atividade industrial, diversos municípios têm apresentado elevados índices de poluição atmosférica. O objetivo desta pesquisa foi estimar a mortalidade pordoenças cardiorrespiratórias atribuíveis à poluição do ar em municípios com elevada industrialização do estado de São Paulo entre os anos 2008 e 2016. Selecionaram-se 11 municípios para análise com base no consumo de energia elétrica pelo setor industrial e pela existência de estação de monitoramentoda qualidade do ar. Com base em modelo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estimou-se o número de óbitos por problemas cardiorrespiratórios que puderam ser atribuídos à concentração de material particulado (MP2,5) em cada município ao longo dos anos. Baseando-se no valor estatístico de uma vida, realizou-se valoração econômica do impacto em saúde. Cinco dos 11 municípios analisados pertencem à Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). O município cuja população é mais afetada pelapoluição é Cubatão. No entanto, em razão do grande número de habitantes, São Paulo é o município cujo maior número de óbitos pode ser atribuído à exposição ao poluente MP2,5. Considerando os resultados encontrados para os 11 municípios, 43.512 óbitos puderam ser atribuídos à poluição atmosféricano período, o que representa prejuízo superior a US$ 48,3 bi. Esses resultados embasam a necessidade de pesquisas e de implementação de tecnologias mais limpas no parque industrial do estado de São Paulo.

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