Abstract
Esse artigo analisa a simbologia por trás da imagem do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, na posse de seu pai como presidente da República em 1 de janeiro de 2019. O vereador desfilou no rolls-royce numa explicitação do complexo jogo de relações que define seu sentido, muito além da mera imagem do dia da posse. Analisamos a imagem fotográfica do dia da posse em comparação com todas as posses dos presidentes eleitos desde a redemocratização do país, em 1985. Entendemos que o filho do presidente cumpre um papel importante nessa lógica de guerra cultural, típica das redes sociais. Há coisas duras que um presidente não pode dizer. É útil ter quem diga por ele. Assim, o presidente se preserva (ou deveria), adotando tom mais moderado (deveria), como pede o cargo, mas tem um aliado estratégico.Como referencial teórico utilizamos Jacques Rancière e Maria Helena Weber.
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