Abstract

Nos últimos anos, tenho me debruçado sobre as questões sociais que circundam a epidemia de Ebola no Oeste Africano, mais precisamente em Serra Leoa. De outubro de 2015 a janeiro de 2016 viajei para a região, fazendo trabalho de campo tanto na capital de Serra Leoa (Freetown) quanto nos demais distritos do país. Em todo o país existiam ckeckpoints, instrumento do controle dos corpos. Além disso, por todas as cidades eram comum cartazes e outdoors mobilizando a população a se manter atenta a casos de Ebola, sugerindo inclusive “denúncias” como: “If you suspect of someone with Ebola, call 177”. Desta maneira, é notório o uso de uma linguagem militar para tratar da epidemia. Porém, a militarização não encontra-se apenas nas metáforas, partindo para o contexto das práticas diárias como ameaças, privações de liberdade como lockdowns, quarentenas e até prisões. Ou seja, o controle da epidemia sempre esteve diretamente ligado à militarização da saúde.

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