Abstract

Este estudo teve objetivo de verificar a possível relação entre o nível de escolaridade e o estado cognitivo de idosas ativas e insuficientemente ativas. A amostra foi composta por 544 idosas brasileiras, com média de idade de 68,9 (±6,64), média do tempo de estudo, em anos, foi 5,17 (±4,1). Foram classificadas como ativas 74,4% das idosas e 54,6% da amostra apresentou déficit cognitivo. Os questionários utilizados foram: Sociodemográfico, IPAQ e o Mini Mental State. Foram apresentadas as frequências relativa e acumulada, coeficiente de correlação de Pearson, análise de variância Two Way e o teste t de Student, adotando como significância p<0,05.Verificou-se associação entre o escore cognitivo e o tempo de escolaridade, sendo mais forte em idosas ativas. A ANOVA de dois fatores demonstrou diferença nas médias do escore cognitivo com as categorias de escolaridade (F=14,287; p<0,000) e entre o nível de atividade física (F=4,709; p<0,030), tendo o teste de Bonferroni indicado que apenas no grupo de idosas ativas existe diferença de médias do escore cognitivo em relação as categorias de escolaridade. Na análise do teste t para amostras independentes, as idosas do nível fundamental ativas fisicamente demonstram ter melhor média do escore cognitivo (t=24,20; p<0,04) em comparação às idosas insuficientemente ativas. A escolaridade e atividade física revelaram-se importantes fatores relacionados com superávit cognitivo na amostra. Conclui-se que a atividade física parece exercer papel relevante na cognição, e pode colaborar na manutenção cognitiva em idosos. Assim como, a escolaridade pode ter função importante perante a cognição.

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