Abstract

O consumo de hortaliças sem higienização oferece um potencial risco à saúde, uma vez que podem conter formas parasitárias de protozoários e helmintos, servindo como via de transmissão para diversas parasitoses intestinais, especialmente quando consumidas cruas. Dentre os principais sintomas das enteroparasitoses estão diarreia, anemia, hemorragias, desequilíbrios nutricionais e em casos mais graves, óbito do indivíduo infectado. No Brasil, as doenças parasitárias são consideradas de alta prevalência, principalmente pelas condições precárias de saneamento básico em algumas regiões. O estudo visou identificar formas parasitárias presentes nas alfaces de cultivo tradicional e hidropônico, adquiridas em duas propriedades do municípios de Nova Venécia, Espírito Santo, Brasil. As hortaliças coletadas foram acondicionadas em sacos plásticos de primeiro uso e analisadas no laboratório Municipal João Geraldo Coser em Nova Venécia, utilizando o método de sedimentação espontânea com adaptação para vegetais. Das 100 amostras analisadas, 46 (46%) apresentavam positividade para alguma forma parasitária. Dentre os parasitos mais prevalentes, destacam-se os helmintos Strongyloides sp. (54,35%) e o protozoário Balantidium coli (26,08%). As altas contaminações por enteroparasitos observadas no estudo demonstram baixa qualidade higiênico-sanitária nas hortaliças e ressalta a importância de medidas voltadas à melhorias na produção e manipulação das verduras, a fim de garantir uma melhor qualidade de vida dos consumidores.

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