Abstract

Hume é geralmente visto como um filósofo que, além de defender princípios céticos, pretendeu oferecer uma nova fundação para as ciências, baseada no estudo minucioso da natureza humana. De fato, não há dúvidas de que esse seria, para ele, um dos principais propósitos a que sua filosofia precisava servir. Procuraremos mostrar, no presente trabalho, que essa visão da filosofia humiana é, no fim das contas, limitada, já que perde de vista o fato de que, em textos posteriores, o filósofo escocês tentou estabelecer que a atividade filosófica deveria ser construída de modo a colaborar para a formação moral de seu público.

Highlights

  • Na Introdução de seu Tratado da Natureza Humana, Hume nos oferece algumas informações importantes com relação àquilo que pretende que seja alcançado pela filosofia que proporá em seguida

  • “É evidente”, diz ele, “que todas as ciências têm uma relação, maior ou menor, com a natureza humana e, não importa quanto pareçam se distanciar dela, ainda retornam por uma passagem ou por outra”[2] (HUME 2000, p. 4)

  • Mesmo ciências que poderiam parecer completamente independentes de uma anatomia detalhada da mente humana, tais como matemática, física e religião natural, dependem, diz-nos Hume, da ciência que ele pretende propor

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Summary

Introduction

Na Introdução de seu Tratado da Natureza Humana, Hume nos oferece algumas informações importantes com relação àquilo que pretende que seja alcançado pela filosofia que proporá em seguida.

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