Abstract

Partindo do ensaio pouco conhecido de Hannah Arendt sobre os refugiados e das lapidações teóricas de Giorgio Agamben sobre o tema, como também da exposição sobre a hospitalidade de Jacques Derrida,o artigo propor-se-á a partir de Human Flow (2017), filme dirigido pelo artista e ativista chinês Ai Weiwei, exercer um olhar histórico, teórico e morfológico sobre as imagens registradas em diversos campos de refugiados, imagens que acabam por expelir ao nosso campo visual uma inconteste violência contra tantas vidas humanas, cujas “autoridades” dos países receptores destes imensos fluxos de pessoas deixam transparecer, ao mesmo tempo pela crueldade e indiferença, a enfermização de nossa condição humana e o aniquilamento de toda a ideia de hospitalidade – ali mesmo onde a genealogia da Europa e do mundo é renegada de maneira absoluta quando se passa a perceber o refugiado não mais como um estrangeiro, senão como um inimigo, como um ser hostil.

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