Abstract

Introdução: A doença e a hospitalização constituem uma situação de crise tanto para a criança como para a família pois implicam alterações financeiras, psicológicas, relacionais e sociais. Objetivos: Conhecer os sentimentos e opiniões de pais face à hospitalização de filhos numa unidade de pediatria e identificar os profissionais que mais os apoiaram nesse período. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, no qual foi utilizada uma amostra de 33 pais/acompanhantes. Após autorização do Conselho Diretivo do Hospital e o Consentimento informado aos inquiridos foi aplicado um questionário aos pais/acompanhantes de crianças hospitalizadas no serviço de pediatria no Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro - Vila Real. Resultados: A idade dos participantes está compreendida entre os 21 e os 46 anos de idade, sendo que a maioria tem 30 e 35 anos. 87,9% das crianças estava acompanhada pela mãe e 15,2% das crianças já tinham sido internadas entre 3 (6,1%) a 5 vezes (9,1%). Durante o internamento, os pais vivenciaram sentimentos ambivalentes. Os sentimentos negativos mais expressivos foram a ansiedade, a tristeza e o medo. Evidenciam-se como sentimentos positivos a esperança, a segurança e o interesse. Verificamos que o internamento dos filhos implicou adaptação dos pais a novas rotinas (93,9%), bem como a mudanças na vida social e laboral. Os inquiridos consideram a sua relação com o enfermeiro como boa (48,5%) e 36,3% de muito boa. Salientamos que 9,1% apenas a considerou de suficiente. Conclusão: É fundamental numa situação de hospitalização compreender os sentimentos da família, onde os profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros, devem contribuir para o desenvolvimento de estratégias que permitam à família e doente uma melhor adaptação à situação vivida.

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