Abstract
Este artigo apresenta os resultados de pesquisa de mestrado profissional, de abordagem metodológica qualitativa, de natureza interpretativa, com observação participante desenvolvida com 24 crianças do 3º ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal. O objetivo da pesquisa foi investigar quais as contribuições que o contexto envolvendo a horta escolar fornece às discussões sociocientíficas na fase em que a criança aprende a ler e escrever. Inicialmente são apresentadas as discussões teóricas que embasam este estudo. O desenvolvimento das atividades foi orientado por sequências didáticas que contemplam o protagonismo infantil e por rodas de conversa. Os resultados indicam que as crianças possuem olhar atento e crítico às questões sociais que se relacionam ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e que o trabalho do professor deve inserir a criança nos processos decisórios, compartilhando as responsabilidades e exercendo a formação para a cidadania.
Highlights
CASTELFRANCHI, Y. et al O cientista é um bruxo? Talvez não: ciência e cientistas no olhar das crianças
O presente artigo descreve o diagnóstico situacional do local e dos sujeitos envolvidos na pesquisa que, em diálogo com as publicações da área, explicitam as marcas históricas sobre o ensino de ciências para crianças e os pensamentos equivocados sobre a suposta incapacidade das crianças em aprender ciências (BIZZO, 2012) e que insistem em fazer parte dos discursos dos professores
Os pressupostos teórico-filosóficos de Freire (1987, 1996) aproximam-se aos objetivos da educação Ciência – Tecnologia – Sociedade (CTS), em sua visão humanística, cooperando com o movimento de diminuição das desigualdades onde a abordagem de Questões Sociocientíficas (QSC) abrange questões relacionadas ao comportamento humano sobre o uso social do conhecimento científico, exploradas através de questões que problematizam temas complexos da realidade observada e que permitem pensar sobre a função social da ciência (GALIETA; LINSINGEN, 2006; SANTOS, 2008; SANTOS; MORTIMER, 2009; AULER, 2011;)
Summary
O objetivo deste artigo é apresentar os resultados e discussões dos dados obtidos com o desenvolvimento de sequências didáticas integrantes da pesquisa de mestrado profissional em Ensino de Ciências. O presente artigo descreve o diagnóstico situacional do local e dos sujeitos envolvidos na pesquisa que, em diálogo com as publicações da área, explicitam as marcas históricas sobre o ensino de ciências para crianças e os pensamentos equivocados sobre a suposta incapacidade das crianças em aprender ciências (BIZZO, 2012) e que insistem em fazer parte dos discursos dos professores. Emerge a atenção necessária para as características dos primeiros anos do Ensino Fundamental, a pesquisa desenvolvida considerou a demanda de leitura e escrita apresentadas pelos professores desta etapa da educação e o detrimento do ensino de ciências em favor da área de linguagem, pois nesta, reside marcas de uma sociedade que valoriza a cultura literária e linguística como amplo campo de pesquisas sobre como a criança aprende (SOLOMON, 1993). Guia de sequências didáticas; (iii) análise dos resultados das propostas didáticas que conduziram à tomada de decisões e ao protagonismo infantil, por meio das rodas de conversa e; (iv) avaliar as contribuições do processo à produção textual coletiva que originou o produto educacional final desta pesquisa: um livro infantil
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