Abstract

Este artigo expõe parte de uma pesquisa sobre jovens homossexuais na cidade de São Paulo, seus trânsitos entre o subúrbio e as zonas nobres da cidade, quando perfazem um circuito de diversão e sociabilidade. O objetivo deste texto é esboçar um panorama sobre a influência de um determinado padrão de consumo e poder econômico sobre gays moradores da periferia da cidade de São Paulo. Pretende ainda explicitar as facilidades e as dificuldades enfrentadas pelos sujeitos, nos percursos por eles realizados, bem como seus limites e estratégias, diante das tentativas de se sentirem incluídos nos círculos gays que adotam tais padrões de consumo. A investigação, de inspiração etnográfica, procurou entrevistar, bem como acompanhar o cotidiano de quatro jovens e observar os ambientes e círculos por eles frequentados. O estudo conclui que os jovens gays buscam a inclusão em meios cujos padrões de consumo são mais bem aceitos e respeitados socialmente. Um meio de “proteção” contra a homofobia. Constatou ainda que a pobreza, a origem social dos jovens são entraves a serem superados ou camuflados para que possam ser aceitos nesses círculos. Tal aceitação encontra seu limite na efemeridade dos padrões de consumo que mudam constantemente e na dificuldade mesma de “camuflar” a origem social.

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