Abstract
Este trabalho tem por objetivo identificar as significações que uma Universidade Pública possui para os diferentes atores que nela atuam cotidianamente. A partir da noção de representações sociais desenvolvida na Antropologia Social e da visão de Martin e Frost (1996) sobre a cultura organizacional como uma complementaridade entre fragmentação, diferenciação e integração, procurou-se desvendar o universo organizacional de uma universidade pública. O método utilizado foi o etnográfico e compreendeu o período de 1995 a 1998. Os resultados evidenciam que Escassez de recursos e Universidade renomada são significações acerca da Universidade partilhadas por alunos e professores (fragmentação). Professores e funcionários partilham do mesmo significado com relação à Falta de perspectivas profissionais para os últimos (fragmentação). Já a Dificuldade de conciliar estudo e trabalho é uma significação sobre a Universidade restrita ao grupo dos alunos e a Liberdade é uma significação sobre a Universidade partilhada só pelo grupo de professores (diferenciação). Já a representação da Universidade sob a ótica da Deficiência perpassa os três grupos de atores, quais sejam, professores, funcionários e alunos (representação integradora). O estudo representa uma contribuição para a discussão entre homogeneidade e heterogeneidade na identificação de culturas organizacionais.
Highlights
T ABSTRACT his paper aims to search for the different meanings that different actors hold of a public university located in the southern region of Brazil
The conceptual framework is based on the social representation’s notion which was developed in the field of Antropology and on the organizational culture study by Martin & Frost (1996)
Results found that Resource Scarcity and Renowned University were meanings hold by students and professors
Summary
Magnani (1986, p. 128) assim conceitua representação “... representação é algo assim como uma espécie de imagem mental da realidade. 55) quem afirma: “O que está em jogo não é saber se o discurso é falso ou verdadeiro em decorrência de sua adequação com a realidade, mas se é verossímil, ou seja, capaz de parecer-se à representação que se tem dessa realidade”. O senso comum tem por base a convicção de que a realidade não dispõe de outra teoria senão a da própria vida, sendo que essa questão constitui-se em um fenômeno mais aceito do que analisado. A retomada do social aparece, em Victora (1992) quando, seguindo os passos de Durkheim, define representações sociais ou coletivas como categorias de entendimento produzidas e atualizadas coletivamente, ou seja, “...significados socialmente construídos que os indivíduos compartilham com o seu grupo social” A retomada do social aparece, em Victora (1992) quando, seguindo os passos de Durkheim, define representações sociais ou coletivas como categorias de entendimento produzidas e atualizadas coletivamente, ou seja, “...significados socialmente construídos que os indivíduos compartilham com o seu grupo social” (1992, p. 33)
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