Abstract

Considerando a possibilidade da participação das atividades físicas na construção de características físicas como força e rigidez muscular por homens trans, este estudo buscou analisar a relação dos homens trans com as atividades físicas no processo de “masculinização”. Participaram do estudo oito homens trans que fazem uso dos serviços oferecidos pelo Ambulatório de Saúde integral para Travestis e Transexuais na cidade de João Pessoa/PB, que foram submetidos a uma entrevista semiestruturada e um questionário socioeconômico, analisados com base na proposta de Bicudo para a análise fenomenológica. Este estudo concluiu que os entrevistados fazem uso das atividades físicas em busca do ganho de massa corporal e definição muscular, aspectos que na visão deles remetem a um corpo masculino, reforçando não apenas a sua masculinidade, mas ajudando na construção da sua identidade sexual.

Highlights

  • INTRODUÇÃOA pessoa transexual pode ser compreendida como uma pessoa que se sente “[...] insatisfeita com algumas das suas condicionantes biológicas e busca alternativas para manter em equilíbrio o que deseja ser e o que é” (SERRANO; CAMINHA; GOMES, 2017, p. 1120)

  • Considering the possibility of participating in physical activities to build physical characteristics such as strength and muscular rigidity by transsexual men, this study analyzed the latter’s relationship with physical activities in the process of “masculinization”

  • eight transsexual male users of the services provided by the Total Health Care Ambulatory for Transvestites

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Summary

INTRODUÇÃO

A pessoa transexual pode ser compreendida como uma pessoa que se sente “[...] insatisfeita com algumas das suas condicionantes biológicas e busca alternativas para manter em equilíbrio o que deseja ser e o que é” (SERRANO; CAMINHA; GOMES, 2017, p. 1120). “A vida de mulheres e homens trans – transexuais, travestis e transgêneros – parece apresentar a transformação do corpo como crucial na sua produção, que pode ser realizada por meio de diversos recursos” (ROCON et al, 2018, p.44). Compreende-se neste estudo que ser homem trans não implica, mesmo nos casos de busca por aceitação, a reprodução de uma construção social de masculinidade específica, da qual o corpo faz parte e para a qual é importante, mas provoca a reflexão sobre a ampliação no leque de masculinidades possíveis. O que se segue é uma discussão sobre a relação entre atividade física, enquanto recurso para operar modificações na construção dos corpos, e a produção das masculinidades por homens transexuais

PERCURSO METODOLÓGICO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
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