Abstract

Este artigo aborda a relação entre os diferentes ramos de atuação mercantil e o seu reflexo nos termos utilizados para definir os agentes que os exerciam. Além disto, o texto analisa as questões ligadas ao vocabulário (para definir os agentes do comércio) e a sua relação com o estatuto social dos comerciantes em Minas e as estratégias de distinção social adotadas por esse grupo em diferentes momentos de ascensão.

Highlights

  • This article discusses the relationship among different mercantile practices and their reflection on the terms used to define the individuals that exercised them

  • The text examines the vocabulary issues to define the traders, and their relationship to the social status of the merchants in Minas Gerais, and the strategies of social distinction adopted by this group at different points of progress

  • Dissertação (Mestrado em História Social) - FFLCH-USP

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Summary

Vocabulário e atividade mercantil

Nos livros de provisões da Inquisição de Lisboa, localizamos 457 familiares do Santo Ofício que residiam em Minas quando se habilitaram. 290 (86,57%) se identificaram, nas petições em que pediam a habilitação, como homens de negócio, 26 (7,76%) como “vive de seu negócio”, 16 (4,78%) como mercadores, 2 como comissários de fazendas e apenas 1 se identificou como negociante[3]. Quanto à forma como se identificavam perante a Inquisição, observamos aquela mesma tendência nos números para toda a capitania mineradora, ou seja, a maioria dos comerciantes da região de Mariana, 73 (86,90%), se identificou como homem de negócio nas petições, 7 afirmaram viver de seu negócio (8,33), 3 (3,57%) se declararam como mercadores e 1 (1,19%) se identificou como negociante[4]. Na petição, os comerciantes não especificarem o setor em que atuavam, esta informação poderia aparecer ao longo do processo de habilitação no momento em que as testemunhas respondiam ao segundo item da diligência judicial sobre a capacidade. A fonte utilizada para identificarmos o ramo do comércio no qual atuava foi o seu testamento[5]

Antonio Carneiro Flores vive de seu negócio
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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