Abstract

Dentro das intencionalidades possíveis, este artigo se colocou como desafio contribuir para a composição de uma proposta de história social da criança proletária, tendo em vista as interpretações e perspectivas históricas idealistas, não históricas, hibridas, parciais e descontextualizadas que existem sobre as visões, os sentidos e os modos de conceber as crianças e o conceito de infância desde os primórdios da Revolução Industrial até os nossos dias. Ao analisar a produção acadêmica nacional e internacional, constatamos um denominador em comum: mesmo existindo uma grande variedade e quantidade de pesquisas vinculadas a diversos âmbitos da criança e sua infância, os estudos sobre crianças proletárias em tempos de profundas mudanças econômicas e sociais ocorridas no século XIX na Europa é quase que insignificante. Valendo-nos dos aportes do materialismo histórico e dialético, analisamos as contribuições de A situação da classe trabalhadora na Inglaterra, de Friedrich Engels, para a compreensão do tema. Tendo como fundamento os aportes da obra clássica de Engels, o estudo conclui que é possível visualizar uma nova configuração do conceito e de um novo sentimento de infância, de natureza materialista e não idealista, baseado fundamentalmente no papel que coube às crianças proletárias em tempos de mudanças sociais. Ao ser elaborado e redimensionado pela classe trabalhadora, ele precisa ser reconhecido e incorporado pela academia.

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