Abstract
Resumo: A fixacao da CEAA, de 1947, como marco da atuacao da Uniao em favor da educacao de adolescentes e adultos; a emergencia de movimentos de educacao popular na decada de 1960 e a constituicao de uma proposta e um paradigma pedagogico para a EJA, com o trabalho de Paulo Freire; a repressao do regime militar as praticas educativas de orientacao freireana e a instalacao do MOBRAL, em 1970, constitui a base de uma tradicao historiografica da EJA. O artigo analisa como a efetuacao dessa memoria obscureceu o processo de incorporacao da educacao dos trabalhadores ao sistema educacional brasileiro republicano. Discute a necessidade de ampliacao do conhecimento historico na afirmacao identitaria da EJA e acena para possibilidades investigativas a partir das estatisticas educacionais dos anos de 1930.
Highlights
The Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA)'s 1947 fixation as a milestone in the Union’s activities in favor of the education of adolescents and adults; the emergence of popular education movements in the 1960s and the constitution of a pedagogical proposal and paradigm for the EJA, with the work of Paulo Freire; the repression of the military regime to educational practices of Freirean orientation and the installation of Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) in 1970 compose the basis of a historiographical tradition of the EJA
Tornar ‘desimportantes’ as ideias e experiências que antecederam a CEAA e se ater à década de 1940 como marco temporal para as pesquisas em história da EJA terminou por invisibilizar o processo que impulsionou a inclusão da educação dos adultos sem escolarização ou com estudos incompletos no rol das ações a serem assumidas pelo poder público5
Pela diversidade de tempos formativos dos cursos supletivos no Brasil daquela época, tal como divulgado nas estatísticas do ensino, é possível supor a existência de outras racionalidades relativas às necessidades de aprendizagem dos adultos nos anos que antecederam a CEAA9
Summary
Resumo : A fixação da CEAA, de 1947, como marco da atuação da União em favor da educação de adolescentes e adultos; a emergência de movimentos de educação popular na década de 1960 e a constituição de uma proposta e um paradigma pedagógico para a EJA, com o trabalho de Paulo Freire; a repressão do regime militar às práticas educativas de orientação freireana e a instalação do MOBRAL, em 1970, constitui a base de uma tradição historiográfica da EJA. Dessa forma, a historiografia da EJA no Brasil, do período compreendido entre os anos de 1940 a meados de 1980, comunga de uma base na qual, enquanto destaca a inadequação da atuação do governo federal na implementação de políticas públicas destinadas aos jovens e adultos analfabetos ou com escolarização incompleta, confere ineditismo às ideias e ações de Paulo Freire e dos movimentos de educação popular dos anos de 1960. Tornar ‘desimportantes’ as ideias e experiências que antecederam a CEAA e se ater à década de 1940 como marco temporal para as pesquisas em história da EJA terminou por invisibilizar o processo que impulsionou a inclusão da educação dos adultos sem escolarização ou com estudos incompletos no rol das ações a serem assumidas pelo poder público. E, desse ponto de vista, considerar as variadas ações, ideias e acontecimentos relativos ao modo como o trabalhador foi reconhecido como sujeito de direitos e como a sua educação foi incorporada ao sistema educacional brasileiro possibilitaria reinterpretar as representações da história da EJA disponíveis, oferecendo novas compreensões sobre o seu passado e contribuindo para a sua reorientação no presente
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