Abstract

A História da Ciência se constituiu em um campo de tensões ocasionando uma dicotomia em sua abordagem metodológica por diferentes grupos, como as ciências sociais e as ciências naturais, tratando-se de uma discussão ainda atual e sem consenso entre os envolvidos. Alguns historiadores como Keith Jenkins e Régine Robin dedicaram-se a refletir sobre a natureza da História, a historiografia e possíveis contribuições de outros campos, voltando-se para prática dos gestos de leitura e relações entre linguagem e discurso. Assim, temos como objetivo deste trabalho compreender a natureza dos discursos históricos empregados pela prática da História da Ciência que podem sinalizar perspectivas de uso e finalidade para outros campos, como o Ensino de Ciências, sobretudo com as possíveis interfaces ao campo de estudos da Linguagem referente aos processos de leitura (ou gestos). Partimos de um discurso histórico em Ecologia para considerações acerca das suas condições de produção e implicações no ensino, em que aspectos políticos e sociais formam uma malha de raízes não visíveis, como apontado por Antonio Videira.

Highlights

  • Embora esses discursos não criem o mundo, eles se apropriam do mundo e lhe dão todos os significados que têm” (Op.cit., 2007, p.23)

  • Assim, (Op. cit.,2007) o autor considera a História como o resultado do processo entre o passado e a Historiografia, deixando claro que passado e História são coisas diferentes, pois o primeiro já aconteceu e só pode ser visualizado pela mediação de veículos diferentes sendo em todos os casos apenas fragmentos do Real; e o segundo, o campo de ofício do historiador

  • Diante do caminho percorrido ao longo deste estudo, podemos sintetizar algumas considerações: A História como um campo de conhecimento conjectural, também é constituída por meio de processos discursivos imersos em condições de produção que os caracteriza enquanto práticas da ordem da fala, sujeitos ao plano ideológico

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Summary

Introduction

Na visão de Videira (2007) esta divisão se acentuou devido à natureza interdisciplinar da História da Ciência, funcionando como uma disciplina auxiliar a outros campos como a Filosofia e a História, sendo uma disciplina heterodoxa que passou por pelo menos três fases distintas: No início da década de 1960 nos EUA; retratando um progresso linear e cumulativo da Ciência, em busca de uma “verdade”; um segundo momento influenciado pelas obras de Thomas Kuhn e Imre Lakatos com críticas ao modelo anterior pela proposição de um novo programa de pesquisa que abriu portas para uma fase final, já no início da década de 1970, em que a Ciência poderia ser compreendida “como sendo basicamente uma entidade sociológica configurada por restrições contingentes vinculadas a agentes específicos e práticas locais” (Op.cit.,2007, p.133), com vistas ao ideológico da Ciência.

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Results
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