Abstract

Este artigo almeja contribuir com reflexões sobre a qualidade da produção de sentido na Educação Superior em Administração no Brasil. Para tal, volta-se para uma análise semântica das definições de organização identificadas em pesquisa bibliográfica realizada nos livros-textos de introdução às teorias administrativas utilizados nas maiores e melhores instituições de Ensino Superior brasileiras. Esta análise definiu esses conceitos-chave como hipergeneralizações, em função de sua vagueza. Para aumentar sua precisão semântica, propõe-se a inclusão de historicidade e especificidade por meio da consideração do contexto que deu origem às organizações modernas. Essa simplificação conceitual generalizada produz efeitos éticos relevantes, ao descaracterizar dimensões da prática social coletiva no mundo das organizações. Afinal, o que se pode esperar de um campo que estuda "quase qualquer coisa"?

Highlights

  • This paper aims to contribute by means of reflections on the quality of meaning production in the Higher Education in Administration in Brazil

  • Estamos falando de 3.958 Instituições de Ensino Superior (IES) no ano de 2009.2

  • Referências teóricas em análise organizacional: um estudo das nacionalidades dos autores referenciados na literatura brasileira

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Summary

Guilherme Lima Moura

Estima-se quehajacerca de um milhão e meio de alunos matriculados em cursos de graduação em Administração por todo o Brasil. As salas de aula daqueles cursos de graduação em Administração são também o lugar do fenômeno chamado Management Industry, que nomeia este número temático dos Cadernos EBAPE.BR, e que tem sido também rotulado de Management Fashion Setters ou Pop Management, entre outras expressões que assinalam a reprodução de determinados padrões conceituais concebidos como de natureza acrítica, volátil e superficial sobre os fenômenos administrativos A Management Industry neste artigo é, então, observada nessas salas de aula especificamente no que diz respeito ao que tem sido tratado como fragilidades semânticas das definições presentes nos manuais de introdução às teorias administrativas, usados por diversos cursos de graduação em Administração existentes no Brasil. Ficará claro ao longo deste texto que, via de regra, nossos livros Best-Sellers de introdução às teorias administrativas usados na graduação sofrem de um mal chamado hipergeneralizações: ao definirem “quase qualquer coisa”, terminam por definirem coisa alguma

Sobre a construção de conceitos
Forma linguística de um Conceito n
Conceitos e contexto
Comunidades Igrejas
Considerações Finais
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