Abstract

As hérnias de Spiegel são um tipo incomum de hérnia, correspondendo a apenas 1% das hérnias abdominais. Decorrem da fraqueza congênita ou adquirida na parede abdominal, numa área denominada fáscia spigeliana, que é constituída pela camada aponeurótica limitada medialmente pelo reto abdominal e lateralmente pela linha arqueada. Representam um desafio diagnóstico, considerando-se que em geral se apresentam apenas com dor localizada e sem protrusão abdominal. O tratamento cirúrgico, seja aberto ou laparoscópico, se impõe diante do elevado risco de estrangulamento, devido ao estreito colo que em geral apresentam. Neste trabalho, relata-se a história de um paciente de 90 anos com dor em flanco esquerdo com dois anos de evolução e múltiplas consultas médicas, até então sem diagnóstico. A ultrassonografia revelou se tratar de hérnia de Spiegel. O paciente foi submetido a tratamento cirúrgico aberto, com correção do defeito herniário com tela de poliproprileno em posicionamento pré-peritoneal. Em acompanhamento ambulatorial, não se observaram sinais de recidiva. Apesar da tendência atual de priorizar o tratamento laparoscópico, ainda são poucos os estudos que comparam os seus benefícios em relação à abordagem convencional aberta.

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